Ei, Protestante! Já perguntaste a teu pastor sobre a vida de Martinho
Lutero?
Não?... Pois deverias conhecê-lo,
afinal, Lutero é o pai do protestantismo, o pastor do seu pastor.
Martinho Lutero nasceu em
Eisleben, na Alemanha, a 10 de novembro de 1483. Tornou-se monge para cumprir
uma promessa que ele mesmo fizera, ao ver-se em perigo de morte.
Mas, segundo ele próprio
confessa, não encontrou a paz interior na vida religiosa. Muitos autores que
estudaram profundamente a personalidade de Lutero são de opinião que ele era um
homem psicótico e anormal, pois era demasiadamente sentimental e desesperado de
sua salvação: o problema de ser ou não um “eleito”, um “predestinado”, o atormentava
doentiamente – Lutero queria sentir em si a certeza de sua salvação.
Queria experimentar claramente a
sensação de que seus pecados estavam perdoados e de que se achava na graça de
Deus, mas não sentia este conforto, esta certeza, por causa das constantes
tentações que experimentava. Em outras palavras, Lutero era um escrupuloso,
pois confundia as tentações com o próprio pecado- que obviamente só existe
quando as tentações são consentidas. Ele mesmo disse: "Quando eu era monge, acreditava imediatamente que perdia minha
salvação, cada vez que experimentava a concupiscência da carne, isto é, um mau
movimento de desejo, de cólera, de ódio, de inveja a respeito de um irmão etc
(...)” (Comentário da E. aos Gálatas 1535. Weimar; tomo XL).
No meio dessas angústias,
encontra um confessor e amigo, o padre Staupitz, que o ajuda e faz o possível
para acalmá-lo. "Por que te torturas
com estas sutilezas? Volta o teu olhar
para as chagas de Cristo e olha para o sangue que Ele derramou por ti" disse o padre a Lutero.
Ora, o que mais precisaria uma
alma para ser consolada do que entender que Deus a ama e morreu por sua
salvação? A Igreja ensina que “pela fé, o homem submete a Deus a inteligência e a vontade”,
quer sinta
algo ou não.
Mas Lutero queria sentir.
Para ele, não bastava entender que Deus o
amava e perdoava...