sábado, 7 de janeiro de 2017

7. Lutero: o pastor do pastor. (I)

Ei, Protestante! Já perguntaste a teu pastor sobre a vida de Martinho Lutero?

Não?... Pois deverias conhecê-lo, afinal, Lutero é o pai do protestantismo, o pastor do seu pastor.

Martinho Lutero nasceu em Eisleben, na Alemanha, a 10 de novembro de 1483. Tornou-se monge para cumprir uma promessa que ele mesmo fizera, ao ver-se em perigo de morte.

Mas, segundo ele próprio confessa, não encontrou a paz interior na vida religiosa. Muitos autores que estudaram profundamente a personalidade de Lutero são de opinião que ele era um homem psicótico e anormal, pois era demasiadamente sentimental e desesperado de sua salvação: o problema de ser ou não um “eleito”, um “predestinado”, o atormentava doentiamente – Lutero queria sentir em si a certeza de sua salvação.

Queria experimentar claramente a sensação de que seus pecados estavam perdoados e de que se achava na graça de Deus, mas não sentia este conforto, esta certeza, por causa das constantes tentações que experimentava. Em outras palavras, Lutero era um escrupuloso, pois confundia as tentações com o próprio pecado- que obviamente só existe quando as tentações são consentidas. Ele mesmo disse: "Quando eu era monge, acreditava imediatamente que perdia minha salvação, cada vez que experimentava a concupiscência da carne, isto é, um mau movimento de desejo, de cólera, de ódio, de inveja a respeito de um irmão etc (...)” (Comentário da E. aos Gálatas 1535. Weimar; tomo XL).

No meio dessas angústias, encontra um confessor e amigo, o padre Staupitz, que o ajuda e faz o possível para acalmá-lo. "Por que te torturas com estas sutilezas? Volta o teu olhar para as chagas de Cristo e olha para o sangue que Ele derramou por ti" disse o padre a Lutero.

Ora, o que mais precisaria uma alma para ser consolada do que entender que Deus a ama e morreu por sua salvação? A Igreja ensina que “pela , o homem submete a Deus a inteligência e a vontade”, quer sinta algo ou não.


Mas Lutero queria sentir.

Para ele, não bastava entender que Deus o amava e perdoava...

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

6. Salvação pela Fé: a 'boa nova' de... Lutero!

Ei, Protestante! Acaso você já estudou as origens do Protestantismo, e consequentemente, da teoria da “salvação pela fé” que aprendeste do pastor?

O Protestantismo só apareceu no século XVI com Lutero. Até então, ninguém havia interpretado a Bíblia de semelhante modo: “que o homem se salva pela fé” e que “aceitar a Cristo como nosso único e suficiente salvador” é o suficiente para se alcançar o Céu.

O porquê?... porque é tão clara na Bíblia a existência da lei de Cristo, na qual se inclui a obrigatoriedade dos mandamentos “Se tu queres entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mateus XIX, 16-17); Porque ela fala da necessidade do amor de Deus e da caridade para com o próximo “Mestre, que devo fazer para possuir a vida eterna? (...) Amarás o Senhor teu Deus (...) e a teu próximo (...) faze isto e viverás.” (Lucas X, 25-28); porque a Bíblia insiste que Deus há de retribuir cada um “segundo as suas obras” (Mateus XVI, 27; Romanos II, 6-8;  1ª Pedro I, 17; Apocalipse II, 23).

Até então, nunca em toda a história do Cristianismo, não se tinha podido conceber semelhante absurdo, que é a “salvação pela fé”.

Absurdo sim, porque é tão lógico e razoável que o homem, sendo livre nas suas ações, participe de sua salvação.

Se existe o livre arbítrio, o homem deve contribuir com a ação de Deus na sua salvação, e é justamente porque isso ocorre que Deus pode retribuir cada um “segundo as suas obras”.  Caso contrário não poderia Ele ser o Justo Juiz dos homens, uma vez que julgaria criaturas sem possibilidade de escolha.

Mas a premissa do pastor pode levar a conclusões ainda mais absurdas: se os homens não podem participar de sua salvação, eles também não podem participar de sua condenação! Assim, a existência do inferno e dos condenados torna Deus tirânico- pois, se não se pode em nada contribuir com sua salvação, foram eles condenados por qual pecado?

Por fim, deve-se perceber que essa doutrina, além de absurda e ilógica, é um elemento estranho a todos os quinze séculos de cristianismo anterior! É uma daquelas “novidades” que semeiam confusão e perturbam o Evangelho de Cristo.


Amigo protestante, se não devemos dar ouvidos nem a um anjo que “anunciasse um evangelho diferente” (Gálatas I, 8), quanto mais a Lutero, que de anjo não tinha nada.