sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

5. Mas que porta larga, pastor!

Ei, Protestante! Não percebes onde está o desmantelo da “tese do pastor”?

Como posso acreditar que ter fé em Nosso Senhor é “Aceitar a Cristo como nosso único e suficiente salvador pessoal”?

Sim... nós católicos sabemos que Ele também é nosso Salvador.

Mas não deveríamos também aceita-Lo como nosso Legislador, que nos impôs uma lei, a qual teremos de observar, se quisermos alcançar a salvação? Acaso não deveríamos aceita-Lo como nosso Mestre, que nos ensinou uma doutrina, um conjunto de verdades, que estamos obrigados a aceitar? O que impede de aceita-Lo como Fundador de uma Igreja, da qual ele é “a cabeça do corpo da Igreja” (Colossenses I, 18)?

Devemos crer em Cristo e aceita-Lo integralmente.

Se aceitamos Nosso Senhor apenas como Salvador, se tapamos a sua boca quando Ele nos vai ensinar, se não Lhe damos outro direito senão o de estender os braços sobre a cruz e morrer por nós, na verdade não cremos no Cristo dos Evangelhos, mas em uma ilusão de salvação branda e mole: Apenas crer e ser salvo!

Lendo os Evangelhos, logo chegamos à conclusão de que para a salvação:

·         É necessária a observância dos mandamentos que Ele legislou (Mateus XIX, 17);
·         São necessárias as boas obras (Mateus XXV, 31-46);
·         É de grande importância a penitência (Lucas X, 13-14);
·         É preciso fazer sacrifícios e renúncias (Marcos IX, 46; Lucas IX, 23);
·         É preciso orar para se obter a graça, sem a qual não se pode perseverar nas virtudes (Lucas XVIII, 1; Mateus, XXVI, 41);
·         É preciso receber os sacramentos instituídos por Cristo (João III, 5; VI-54; XX, 54);
·         É preciso obedecer à Igreja (Mateus XVI, 19; XVIII, 17).

Se aceitamos a Cristo como Aquele que nos dá a salvação, temos de aceita-Lo como Aquele que tem o direito de impor as condições em que esta salvação é obtida. Os Evangelhos nos mostram diversas dessas condições, mas parece que o pastor as desconhece.

O caminho da salvação pregado pelo pastor (apenas crer) é tão fácil, tão mole, tão mesquinho, que deveria afastar os fiéis que creem em Cristo, pois Ele mesmo disse:


Larga é a porta e espaçoso o caminho que guia para a perdição e muitos são os que entram por ela. Como é apertado o caminho que guia para a vida e que poucos são os que acertam com ele! (Mateus VII, 13-14).

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